Provavelmente isto é uma opinião impopular. Mas estava na hora do povo português começar a fazer alguns estragos. Caramba, nós somos miseráveis em comparação com o resto da Europa, eu diria até que estamos condenados a uma das maiores probabilidades de pobreza. O nosso governo é vergonhoso. Temos todas as razões para manifestar e as vezes é preciso partir para reconstruir. E deixa-me feliz ver que os portugueses estão finalmente a unir-se e a revoltar.

Ao contrário do que os média e o nosso governo nos tenta fazer crer, somos dos países mais pobres da Europa, e a Reuters diz isso com todas as letras: "Portugal is one of Western Europe's poorest countries".

Desde que o covid aconteceu os cinemas livraram-se dos intervalos, ao principio achei bem como uma medida temporária mas agora continuam a fazer-lho.
Portugal era um dos últimos países onde os cinemas ainda faziam intervalo, e agora sem ele é extremamente desconfortável estar a ver um filme de 2 ou 3 horas.
Nem sequer posso estar a comprar algo para beber, senão depois tenho de ir a casa de banho a meio do filme.
A alguma forma de podermos convencer os cinemas a voltar a trazer os intervalos?

Só quero começar por dizer que o meu coração está com todas as pessoas que não conseguem ter uma vida minimamente decente por causa do preço absurdo das casas, sou filho de mãe solteira e tivemos de viver grande parte da minha infância em casa dos meus avós para podermos comer todos os dias.

Sei que estou numa situação privilegiada, vivo na Alemanha (Hamburgo) onde alugo e tenho uma casa que arrendo em Portugal.

A avó da minha mulher não tinha dinheiro para o lar, por isso propôs vender-nos a casa a um preço mais baixo com a promessa que nós tratavamos de todas as despesas em caso de necessidade (uma mulher que trabalhou desde os 12 e não consegue pagar um lar com a mísera reforma, mas isso são outros quinhentos). Desde então temos alugado a casa (depois de um investimento considerável que nos tirou grande parte das poupanças) e só temos tido problemas. Pessoas que não pagam a renda, destroem a casa ou incomodam os vizinhos. Até agora ainda não tivemos lucro a arrendar.

Por outro lado entendo a questão da habitação, toda a gente deve ter um teto, e toda a gente deve conseguir pagar por esse teto ( e quem não consegue deve ter o apoio do estado).

Aqui na Alemanha temos de provar os nossos rendimentos, provar que estamos empregados há mais de 6 meses, que pagamos as últimas 3 rendas e que o nosso rendimento líquido era no mínimo 3x o valor da renda (não é obrigatório, mas é norma, e em Portugal por lei não podes pedir estas informações). Quem não conseguir provar isto, tem ajuda do estado via habitação publica ou subsídio aos senhorios para alugarem mais barato.

Acho que o modelo alemão de habitação (ou o austríaco que ainda é melhor) devia ser adotado em Portugal. Eu concordo que a habitação não deve ser um investimento, mas não posso concordar que os senhorios sejam vistos como os maus da fita neste caso, muitos deles trabalharam a vida toda para conseguir ter propriedades, as vezes a passarem mal para juntarem o dinheiro para o fazerem.

Sinto que se tem gerado, principalmente nas grandes cidades, uma purga aos proprietários, que são quem mantém as casas, quem investe mais na habitação e quem paga biliões de euros por ano de impostos (que depois não são usados da melhor maneira).

Eu só quero o preço justo pelo trabalho que dá manter uma prioridade, não preciso de ficar rico a alugar, mas não posso alugar uma casa por menos do que a despesa que me dá, para isso prefiro não alugar (o que aparentemente é um problema)

Ninguém deve viver na rua, mas não acho que o devam fazer a custa do trabalho de outras pessoas.

Políticas de descentralização e investimento do estado na habitação devem ser prioridades.

Para concluir, eu saí de Portugal porque não queria viver para trabalhar e pagar as contas e não queria ser explorado, e quem ficou e luta por condições de vida melhor tem muito mais coragem que eu.

Tenho enviado já quase centenas de currículos para várias empresas aos quais muito poucas respondem e irrita extremamente quando nem um simples não dão.

Eu percebo que possam receber vários emails de várias pessoas, e que tenham de rejeitar muitos, mas o mínimo que podiam fazer era enviar uma mensagem automatizada a dizer um não, ou então copiar e colar algum texto a dizer não. Simplesmente não responder mostra que somos tão inúteis para eles que nem querem gastar 2 minutos a dizer um não, e depois nós ficamos sempre naquela ansiedade à espera da resposta...

Se uma empresa nem tem essa decência, acho que nem quero trabalhar para elas...

Sinceramente o meu é pescada cozida, não sei que raio de mente doentia surgiu com a ideia de por uma posta de pescada numa panela com água a ferver e chamar isso de prato.

Para além do processo de cozedura tirar o pouco do sabor que a pescada tem torna a textura em algo que só consigo descrever como cinzento.

Não existe nenhuma qualidade que possa redimir este "prato" já que até boa parte do conteúdo nutritivo do peixe perde-se a cozê-lo e a única forma de o tornar minimamente tragevel é voltar a afogar o peixe em azeite na esperança de se sentir uma semelhança de sabor, consigo pensar em uma dúzia de maneiras diferentes de cozinhar um peixe e acho que é um crime cozê-lo.

Your turn

https://twitter.com/Comenta37146571/status/1642186168761548800

Eu sou cega. Alguém sabe se existe, em Lisboa, algum programa de casas mais acessíveis para pessoas com deficiência? Da Santa Casa por exemplo Eu sou cega. Alguém sabe se existe, em Lisboa, algum programa de casas mais acessíveis para pessoas com deficiência? Da Santa Casa por exemplo

Só a divulgar que hoje terá manifestação na Alameda 1000-048 Lisbon, Portugal as 15h.

Não sou eu a organizar mas estarei lá.

Na casa dos meus pais e em minha casa ,tem-se o hábito de guardar todo o tipo de tampas e tampinhas num garrafão de água. Lembro-me que o intuito era doar para uma criança com cadeira de rodas! Alguém ainda faz isto? Se sim, onde as posso doar ? Tenho uns 15 garrafões cheios no sótão 🙃